O Instituto Vidas em Ação possui vocação para atuar na educação e formação dos seus beneficiários, em tudo que se relaciona está voltado ao desenvolvimento humano e na sustentabilidade de suas ações, assim visando um futuro de impacto na sociedade o Instituto amplia o sua atuação para novos projetos.
PROJETO 1: CARAVANA DA MULHER MATO-GROSSENSE: EXÉRCITO DE MARIAS DA PENHA
Trata-se de uma estratégia do Instituto Vidas em Ação pela Diretoria de Políticas para Mulheres e visa levar um modelo de Rede de Atendimento Integral que compõe a Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher de Mato Grosso, com o intuito de promover o debate sobre a violência doméstica, familiar e a criminalização do machismo contra mulheres habitantes de localidades urbanas e rurais, fortificando as lideranças e permitindo que mulheres sejam amparadas de forma integrada.
O que visa a caravana:
Proporcionar um grande encontro com as autoridades locais, forças comunitárias, agentes municipais, delegacia, promotoria, defensoria, judiciário, para que possamos reunir diversos poderes de suma importância para o funcionamento dessa rede e ali firmar um Pacto permitindo ao município deixar as mulheres amparadas em um novo modelo de trabalho em Rede.O conceito de rede se refere as formas de organização e articulação baseadas na cooperação entre organizações que se conhecem e se reconhecem, negociam, trocam recursos e compartilham, em medida variável, de normas e interesses.
- Rede é uma articulação política, não hierárquica, entre atores iguais e/ou instituições. Seu trabalho tem como base a horizontalidade das decisões e do exercício de poder: seus componentes trabalham de forma igualitária, democrática e solidária.
- A rede se fundamenta nos seguintes princípios: reconhecimento (que o outro existe e que é importante), colaboração, associações, cooperação, autonomia, compartilhamento (de valores, objetivos e poderes), vontade, dinamismo, conectividade, multiliderança, informação, descentralização e múltiplos níveis de operacionalização (oliveira, 2001)
As redes, formadas por laços institucionais ou também por relações interpessoais, têm um papel importante na elaboração da agenda, no processo de decisão e na prática da ação pública.
- Utilizar a Caravana como proposta da sensibilização da Rede na implantação do Exército de Marias da Penha, pois as mulheres voluntárias do Exército de Marias da Penha precisam contar com a cobertura das autoridades locais, uma vez que a equipe de implantação retornará a capital do Estado, para apoio permanente via comunicação on-line.
PROJETO 2: CAPACITAÇÃO PARA AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE (ACS) GERAL: Propiciar capacitação e atualização de conhecimentos teórico/prático, em acordo com as diretrizes e orientações vigentes pelo SUS, para o exercício profissional dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) segundo as especificidades locais e regionais de cada município. ESPECÍFICOS: – Atualizar os fundamentos para a formação do exercício profissional do ACS em acordo com as políticas e estratégias desenvolvidas pelo SUS, para a efetivação das ações integradas entre a Atenção Primária em Saúde e a Vigilância em Saúde; – Subsidiar os municípios a partir capacitações orientadas por um projeto político-pedagógico com base em competências, atributos da APS e ciclos de vida segundo as linhas de Cuidado à saúde; – Oferecer aos ACS capacitação com base cientifica e técnica, desenvolvendo sensibilidade social e cultural pautada pelo compromisso social e pela ética; – Oferecer aos ACS capacitação com base cientifica e técnica para que possa avaliar as condições socioambientais e identificar os fatores condicionante e determinantes do processo Saúde/Doença; – Desenvolver capacitação que permita aos ACS a construção da autonomia intelectual, com ênfase na reflexão coletiva, na valorização da autonomia na construção do conhecimento, consolidando atitudes de responsabilidade e compromisso com os usuários do sistema de saúde; – Desenvolver competências e habilidades do ACS para atuar junto às equipes multiprofissionais e à comunidade desenvolvendo ações que reflitam sobre a melhoria da qualidade da atenção básica em saúde. |
PROJETO 3: HOMENS EM AÇÃO – Programa de Reeducação e Acompanhamento Psicossocial
OBJETIVO
Propiciar através do processo terapêutico a mudança de padrão comportamental enraizada pela sociedade, seja em atendimento individual ou grupal. Proporcionando um espaço seguro de reflexão sobre a identidade masculina, visando discutir conceitos sobre o que é ser homem, sentimentos, inseguranças, família e direitos das mulheres.
METODOLOGIA
O processo depende da intenção dos homens de caminhar em direção à abertura dos sentimentos e para integração da empatia como parte de sua natureza, podendo sensibiliza-los através dos seguintes recursos:
- Palestras
- Atendimento Terapêutico Individual
- Atendimento Terapêutico em Grupo
- Rodas de Conversa em grupo com depoimentos e filmes.
FASE 1 – Sensibilização
Nesta primeira fase busca-se a sensibilização para que o agressor aceite e queira verdadeiramente participar de um processo de transformação, necessário criar um ambiente seguro, sem exposição pública que possa gerar constrangimento ou inclusão de pessoas estranhas ao processo de transformação.
Palestra | Moral e Costumes na Sociedade do Conhecimento |
Capacidade Máxima | 60 participantes |
Enunciado – 15 minutos | Juiz ou profissional por ele designado para breve explanação sobre a Lei Maria da Penha |
Facilitador – 60 minutos | Psicólogo (a) |
Conteúdo: SOCIEDADE DO CONHECIMENTO a partir das redes sociais, das interações e colaborações, entre os indivíduos membros; CONSCIÊNCIA DOS TEMPERAMENTOS HUMANOS: Colérico, Fleumático, Melancólico e Sanguíneo; MORAL: regras morais, que influenciam o comportamento e a mentalidade humana; COSTUMES: a maneira cultural de uma sociedade manifestar-se; RELACIONAMENTO ABUSIVO: Medo, Controle, Culpa, Ameaças, Poder e Indiferença. | |
Local | Sugere-se um espaço cedido pelo poder público, como auditórios de ministério público, Crass ou demais repartições. |
Missão | Formar grupos de no máximo 12 pessoas para Fase 2 – Terapêutica |
FASE 2 – Terapêutica
Atendimento Terapêutico em Grupo | |
Capacidade Máxima | 12 participantes |
Encontros Semanais | 8 |
Facilitador – 60 minutos | Psicólogo (a) |
Promover debates das questões culturais e mudanças com ações contínuas; Buscar ajuda para mudança, aprendendo uma comunicação mais funcional, falar utilizando o EU, separando o que é seu do que é do outro; Aprender a ouvir, se atualizar sobre temas contemporâneos sobre o papel do homem na sociedade do conhecimento. | |
Local | Sugere-se um espaço cedido pelo poder público, como auditórios de ministério público, Crass ou demais repartições. |
Missão | Transformar padrão comportamental para convívio harmonioso em sociedade |
Atendimento Terapêutico Individual | |
Capacidade Máxima | 1 participante |
Encontro | 1 |
Facilitador – 60 minutos | Psicólogo (a) |
Propiciar ao agressor sessão terapêutica para mudança de valores e crenças. | |
Local | Sugere-se um espaço reservado com no mínimo 2 cadeiras. |
Missão | Transformar padrão comportamental para convívio harmonioso em sociedade |
FASE 3 – Mobilização
Roda de Conversa | |
Capacidade Máxima | 60 participantes – agressores e seus convidados |
Encontro | 1 |
Facilitador – 60 minutos | Psicólogo (a) |
Exibição de filme com a temática violência doméstica e familiar, após iniciar uma sessão para depoimentos e manifestações de agressores e familiares. | |
Local | Sugere-se um espaço cedido pelo poder público, como auditórios de ministério público, Crass ou demais repartições. |
Missão | Assumir compromisso do agressor diante dos familiares por ele convidados. |